São Paulo - O LHC (Grande Colisor de Hádrons), acelerador de partículas do CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) voltou a funcionar após mais de dois meses de parada técnica.
Com a reativação, mais de cinco mil cientistas começarão a busca pela Partícula de Deus ou Bóson de Higgs, partícula que explicaria a origem da matéria. James Gillies, porta-voz do CERN, disse que os aceleradores vão ser reativados, mas os primeiros feixes de prótons não serão injetados no acelerador até março. Gillies também disse que as colisões devem continuar até o fim deste mês, segundo informações divulgadas pela agência de notícias EFE.
Outra novidade anunciada pela CERN anteriormente está no aumento de energia com que o LHC vai funcionar em 2012. Este aumento nas colisões de feixes de partícula tornará mais fácil a detecção do Bóson de Higgs.
Durante os últimos dois anos, os feixes de prótons colidiam com energias de 3,5 tera elétron-volts (TeV) (Um elétron volt (eV) é a energia adquirida por um elétron quando acelerado por meio de uma diferença de potencial de 1 volt por feixe). A partir de agora, a energia vai aumentar para 4 TeV. Logo, 0,5 TeV mais alto do que em 2010 e 2011.
LHC - O Grande Acelerador de Hádrons é uma máquina com 27 km de comprimento, um circuito enterrado sob a fronteira franco-suíça. Ele consegue fazer colisões de partículas, como prótons, com o objetivo de testar os limites do Modelo Padrão, teoria moderna que explica o funcionamento físico do Universo. O experimento mais famoso consiste, justamente, em localizar o Bóson de Higgs. Assim, seria possível explicar a origem da massa no Universo.
Embora esteja prevista no modelo, essa partícula nunca foi identificada e é uma das grandes lacunas da física. Das 32 partículas fundamentais do Universo, como prótons, nêutrons e elétrons, o Bóson de Higgs é a única que ainda não foi detectada. Os cientistas acreditam estar cada vez mais próximos de encontra-la ou de descartar sua existência.
No fim de 2012, o LHC vai parar de funcionar por 20 meses a fim de ser preparado para operar com energia máxima para a qual foi desenvolvido, que no caso é de 7 TeV.
Fonte.INFO
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